Segundo o último inquérito nacional de saúde, 45,6% dos portugueses têm um Indice de Massa Corporal (IMC) entre os 18,5 e os 24,9 Kg/m², isto é, têm um peso adequado (saudável) para a sua altura; 35,7% da população tem excesso de peso, apresentando um IMC entre 25 e 29,9 Kg/m² e 15,2% já se encontram com um IMC acima de 30 kg/m², ou seja, são obesos. Agora se juntarmos os individuos com excesso de peso (35,7%) e os individuos obesos (15,2%), temos cerca de 51% da população portuguesa com peso acima dos valores aconselhados, para uma boa saúde e qualidade de vida.

A região Norte é a que apresenta menor prevalência de obesidade, com 9,6%; de seguida temos o Algarve com 9,9%; depois a região Centro com 11,3%; e por últimos, a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 13,4% e o Alentejo com 13,9%.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a nossa saúde.

É uma doença crónica, com menor prevalência nos países desenvolvidos, atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz qualidade de vida e tem elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.

A prevalência de obesidade (a nível mundial) é tão elevada que a OMS considerou esta doença como a edipemia global do século XXI.

Regra geral, a obesidade acumula-se em zonas diferentes no homem e na mulher, originando 2 tipos de obesidade distintos.

Obesidade andróide, abdominal ou visceral - quando o tecido adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdómen. É típica do homem obeso. A obesidade do tipo andróide está associada a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2, a dislipidémia e doenças cardiovasculres, como a hipertensão arterial, a doença coronária e a doença vascular cerebral.

Obesidade ginóide - quando a gordura se distribui principalmente na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas. É típica da mulher obesa.

O perímetro da cintura é medido entre a crista supra-ilíaca e a última costela.

O excesso de volume abdominal representa uma maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras.

Para as mulheres que têm um perímetro da cintura igual ou superior a 80 cm, ficam desde já avisadas de que têm um risco aumentado de doença; se tiverem um perímentro igual ou superior a 88 cm, o risco é elevado. Para os homens com perímentro igual ou superior a 94 cm, o risco é aumentado; se for igual ou superior a 102 cm, já é elevado.

A acumulação de gordura localizada é muitas vezes independente do peso e da prática de exercício físico, mesmo os mais magros podem ter umas gordurinhas excedentes, conforme a sua predisposição genética.

Quem tem tendência a acumular gordura na região abdominal costuma ter afectadas a região da cintura, do tronco, braços, costas e pescoço. Os que acumulam mais facilmente gordura na porção inferior do corpo, apresentam depósitos concentrados no abdómen, nádegas, coxas e joelhos.